AUGUSTO STRESSER

AUGUSTO STRESSER

ÓPERA SIDÉRIA


A ópera SIDÉRIA fez estreia em 03 de maio de 1912, no Teatro Guayra (prédio antigo, hoje Biblioteca Pública do Paraná), na cidade de Curitiba/PR.

Obra de Augusto Stresser, foi originariamente escrita em 1909 em dois atos, em partitura para piano e vozes. Posteriormente, recebeu acréscimo de um terceiro ato e orquestração de Léo Kessler, adquirindo a forma final como foi apresentada a partir de 1912.

A ópera tem como pano de fundo a Revolução Federalista, que as cidades de Curitiba e Lapa haviam vivenciado poucos anos antes, com dramaticidade, no confronto conhecido como Cerco da Lapa. Por sua vez, o libreto conta a história de um amor romântico e trágico, no triângulo amoroso entre a jovem Sidéria, o idealista Alceu e o apaixonado Juvenal.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

MODA EM 1912



MODA FEMININA EM 1909 – 1912


No século XX, a moda feminina tornou-se tendência e objeto de desejo e consumo, e passou por transformações substanciais. No início do século, espartilhos apertadíssimos davam às mulheres elegantes a sinuosa forma em “S”, com a cintura muito fina, os seios projetados para frente entre nuvens de rendas e babados, e os quadris projetados para trás.



Circa 1908.


Já por volta de 1908, os espartilhos e as saias longas e amplas começaram a ser ligeiramente modificadas, tornando-se mais lineares. O busto já não era tão empurrado para frente, nem os quadris tão para trás. 




Em 1910, o Balé Russo apresentou com grande sucesso e repercussão, a obra Schéhérazade, com guarda roupa criado por Leon Bask. E estudiosos apontam este ballet, como o evento significativo para a onda de orientalismo que modificou substancialmente a moda feminina dos anos subseqüentes.



 Os tons claros e malvas foram abandonados, em favor de cores fortes e até espalhafatosas. Drapeados suaves substituíram os antigos corpetes rígidos e saias em forma de sino. As saias ficaram estreitas na base, afuniladas a tal ponto que as mulheres não conseguiam dar passos maiores que cinco ou oito centímetros. Mais curtas, deixavam aparecer botas delicadas, e as rendas do período precedente foram substituídas pelos botões, pregados como decoração até em lugares inusitados.
















Com as saias estreitas, usavam-se chapéus muito grandes, enfeitados com plumas, peles ou flores artificiais, o que produzia o efeito de estreitar ainda mais os quadris. A silhueta, em total contraste com os figurinos da moda precedente, era a de um triângulo com a base para cima.




No ano de 1912, enquanto em Curitiba(PR) estréia a Ópera Sidéria, em Paris foi lançada a “La Gazette Du Bon Ton”, revista de moda direcionada para a elite da época, feita em papel de boa qualidade, com ilustrações dos melhores costureiros. Em seu conteúdo, além da moda, também artigos de estilo e beleza.
O título da revista, evocando requinte e bom gosto ao conceito francês, tinha como objetivo trazer para o universo da moda, o reconhecimento como uma expressão de arte, assim como a pintura, escultura ou desenho. O primeiro editorial da revista, afirmava; “A roupa de uma mulher é um prazer para os olhos que não pode ser considerado inferir ao de outras artes.”




(“La Gazette Du Bon Ton”, capa da primeira edição/1912)


Todo o encanto da moda da época, conferimos na foto de Josepha de Freitas, a soprano que interpretou a personagem THILDE, na primeira montagem da Ópera Sidéria, em 1912.

Josepha de Freitas – atriz da primeira montagem de Sidéria, interpretando Thylde.



SAIBA MAIS
A roupa e a moda, Uma história concisa. LAVER, James. Tradução Glória Maria de Mello Carvalho, Ed Companhia das Letras, 1990
http://blog.mulhersingular.com.br/tag/moda-de-1800/


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