AUGUSTO STRESSER

AUGUSTO STRESSER

ÓPERA SIDÉRIA


A ópera SIDÉRIA fez estreia em 03 de maio de 1912, no Teatro Guayra (prédio antigo, hoje Biblioteca Pública do Paraná), na cidade de Curitiba/PR.

Obra de Augusto Stresser, foi originariamente escrita em 1909 em dois atos, em partitura para piano e vozes. Posteriormente, recebeu acréscimo de um terceiro ato e orquestração de Léo Kessler, adquirindo a forma final como foi apresentada a partir de 1912.

A ópera tem como pano de fundo a Revolução Federalista, que as cidades de Curitiba e Lapa haviam vivenciado poucos anos antes, com dramaticidade, no confronto conhecido como Cerco da Lapa. Por sua vez, o libreto conta a história de um amor romântico e trágico, no triângulo amoroso entre a jovem Sidéria, o idealista Alceu e o apaixonado Juvenal.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

BELLE ÉPOQUE - A MAQUIAGEM EM 1909 - 1912



Quando o século XX começou, os cosméticos ainda priorizavam os branqueadores líquidos e em creme. A pele impecavelmente alva ainda era um distintivo das mulheres de classes abastadas, diferenciando-as das trabalhadoras que, trabalhando sob o sol, tinham a pele bronzeada. 




Porém, os ares de modernidade tornavam a tintura, aos poucos, aceitável. Tudo muito moderado, é claro, já que somente prostitutas e atrizes ousavam ostentar cores fortes. Assim, em conjunto com a perfumaria, elaborados penteados e ostensivos chapéus, a técnicas de uma delicada coloração passaram a ser parte do repertório feminino.





A palheta de cores se ampliou: tons de marrom, amarelo e roxo eram diluídos com talco, usados para acentuar a pele pálida, transparente e delicada da beleza vitoriana que todas as mulheres elegantes desejavam, e para obtê-lo, cosméticos manufaturados tornavam-se produtos de desejo. A opção caseira era utilizar suco de limão como um tônico, na pele. 





Mas a indústria de cosméticos fornecia marcas e produtos para tal finalidade, tais como “Vienna Face Wash”, “Blanc de Perles” e um pó de arroz japonês, produtos famosos na época. Também havia uma dispendiosa maquiagem líquida, a “Água Grega”, substituta da maquiagem em pó, com um bom efeito final para quem tivesse paciência de esperar todo o tempo necessário de secagem. Para um toque final, a opção era o “Papier Poudre”, que camuflava o brilho.


 




Obtido o tom de pele perfeito, o passo seguinte eram os detalhes. Para dar cor ao rosto, as mulheres usavam o “Rouge de Theatre”; existiam vários “rouges” cremosos, mas a moda preferia as versões em talco. 


E para disfarçar imperfeições, vários tipos de depiladores e cremes para a pele, que preparados com arsênico, serviam para espinhas, sardas, rugas, cravos, pele avermelhada e palidez. Para cobrir as marcas de varíola (bastante comuns na época), o bálsamo de bétula. Para as unhas, já existiam pastas, mas ainda sem cor.

 


 







E enquanto Augusto Stresser compunha sua ÓPERA SIDÉRIA, longe daqui, em Paris, François Coty lançou ao mundo, o que viria a ser uma das mais influentes indústria de cosméticos do século. 

Em 1909, a loja Selfridges, que tinha acabado de inaugurar, tornou-se a primeira loja que colocou cosméticos na vitrine, e disponibilizou produtos para que as clientes pudessem experimentar as cores. Toda uma linha de pós, rouges, bálsamos labiais deixaram os esconderijos das gavetas, para em seu lugar aparecer atrativamente nos balcões, fazendo enorme sucesso.










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